Corria o século 19 e o pintor francês Eugène Boudin mostrou nova luz ao colega Claude Monet num momento em que a fotografia ocupava o espaço da pintura.
A Boudin e Monet logo se juntaram Pissarro, Corot, Courbet, Jongkind, Gauguin, Huet, Turner, Sisley e, mais tarde, Angrand, Marquet, Signac eDufy, que decidiram criar uma maneira diversa de ver e de fazer arte.
Surgiu assim, em 1863, em Paris, uma tendência artística: alguns desses pintores organizaram o Salão dos Recusados. O nome "impressionismo" aflorou em 1874, numa exposição que chocou a crítica, pinçado do nome do quadro "Impressão, Nascer do Sol" (1873), de Monet.
Tendo a Normandia (local do Dia D, quando aliados liderados por tropas dos EUA liberaram a França do jugo nazi-facista em 6 de julho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial) como fermento ativo, o estilo vicejou. Feitos lá, óleos impressionistas descobriam a emoção visual em nuvens, luzes, rochas, casarios, barcos de pesca e na própria geografia.
No bojo dos eventos que acontecem agora e convidam a descobertas, dá para revisitar paisagens e cidades que viraram obras de arte. Expostos nos principais museus, quadros e gravuras mostram cenas que pouco mudaram desde que foram pintadas, no século 19.
A agenda cultural impressionista inclui ainda concertos, exposições de fotos e até peças de teatro.
Sítios portuários à margem do rio Sena e da costa podem ser alcançados de barco, há aeroportos regionais e linhas ferroviárias.
Mas as curtas distância entre Paris e as paisagens identificadas como impressionismo convidam a rotas de carro, combinando autoestradas e cênicas vicinais.
A exceção talvez seja Giverny: nessa vila de 500 habitantes a 40 minutos da capital francesa dá para chegar de trem a partir da Gare Saint-Lazare, estação pintada por Monet em 1877.
Em Giverny, além da casa do próprio Monet e dos jardins, há, ao lado, o museu dos Impressionistas.
Quem faz de carro esse roteiro se depara com as intrigantes falésias de Étretat, o agitado porto de Le Havre e a eterna catedral gótica de Rouen, ícone do movimento.
No trajeto, as luzes mudam e a viagem parece feita de pintura. Os cenários naturais e as vilas se prestam a incursões gastronômicas e a piqueniques, como o retratado por Édouard Manet.
Na cesta, além de pães, patê e queijos, é bom levar suco de maçã e sidra, o espumante típico da região normanda de Calvados, onde a colheita desses frutos é feita de setembro a dezembro. E pedir nas doçarias a tortinha de maçã --ou "tarte normande".
Estude para combinar pernoites em cidades maiores, como Rouen e Caen, e em localidades costeiras, como Honfleur, Étretat e Deauville, onde os impressionistas achavam fregueses entre os burgueses que iam à praia. E, também, em lugares bucólicos, como Lyons-la-Forêt, em meio ao campo pontilhado de florzinhas azuis.
Fonte aqui.
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