A cidade foi por muito tempo tida como um lugar para negócios ou apenas um local de passagem entre destinos no sul do país. A “Cidade das Flores” está próxima tanto de sua capital quanto de Curitiba (PR), além de ficar também pertinho da praia, a apenas 45 km de São Francisco do Sul (SC). Joinville, entretanto, tem muito mais a oferecer.
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O município revela em sua arquitetura os traços de sua cultura e colonização, que possui uma história curiosa. Em 1843, a princesa D. Francisca, filha de D. Pedro I, casou-se com o terceiro filho do então rei da França. A região onde hoje se encontra Joinville foi oferecida como parte do dote da princesa. Em 1848, o rei francês é destronado e, em dificuldades financeiras, vende estas terras ao senador alemão Christian Mathias Schroeder, que inicia um projeto de imigração ao território adquirido.
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Esse processo possui forte influência até os dias de hoje. Para entender tudo isso, caminhe pelas ruas do centro e observe a arquitetura de traços germânicos, algumas delas se mesclando ao desenvolvimento da cidade. Observe a técnica de construção de algumas casas mais antigas, feitas em enxaimel (técnica em que as paredes são montadas com hastes de madeira encaixadas entre si). E, para saber mais sobre a chegada dos imigrantes e o impacto causado na sociedade do norte do Estado, visite o Museu de Imigração e Colonização. Em frente ao casarão que abriga o acervo do museu está um dos cartões postais da cidade: a rua das Palmeiras. Nos fins de semana e outros momentos em que a tranquilidade impera no local, pode-se ouvir o barulho das folhas ao vento. Acomode-se em um dos bancos ou na grama e observe as palmeiras de maior tamanho, plantadas em 1873.
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Culturalmente, dois meses movimentam intensamente a cidade. Em novembro, o município se torna colorido e perfumado e dá boas-vindas à Festa das Flores. Em julho, artistas e turistas de toda parte do mundo estão presentes para conferir o Festival de Dança.
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Não vá embora de Joinville sem conhecer sua área rural, onde permanecem mais fortes as raízes da cidade. Comece pela Casa Krüger, a 15 km do centro. Este patrimônio foi tombado pelo Estado em 1996 e hoje é posto de atendimento a quem deseja realizar o turismo rural por lá. Obter informações é essencial para prosseguir viagem. Mesmo que você saiba se deslocar por estes arredores, muitos locais necessitam de agendamento prévio para visitação, o que pode ser feito por telefone ou na própria Casa Krüger.
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Das quatro regiões que compõem o turismo rural na cidade, a Estrada Bonita é a que está mais preparada para receber o visitante. O acesso é pela BR-101, com destino a Garuva. Aqui reina a calmaria, nada de vários ônibus cheios de turistas ávidos por fotos e com tempo marcado para o retorno. São oito propriedades abertas à visitação. Na entrada de cada uma delas, placas indicam sua respectiva especialidade, como a fabricação de pães, cucas, geleias, melado, mel, biscoitos e cachaça artesanal. Se puder, chegue logo pela manhãzinha na propriedade da família Kersten e observe a ordenha das vacas. Deseja dormir e acordar sentindo o cheiro e ouvindo os barulhos típicos da fazenda? Reserve uma ou mais noites em uma das pousadas. Para as refeições, restaurantes tradicionais e familiares servem, por exemplo, marreco recheado, eisbein, kassler e, pelas tardes, um farto café colonial.
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As regiões Dona Francisca e Quiriri estão ao norte do centro da cidade, após a passagem pela Casa Krüger e são cheias de pequenas estradas de terra, que saem da SC-301, conhecida como estrada Dona Francisca. Uma delas é a estrada do Pico, que abriga o Engenho de Eugênia Fleith, um alambique com produção artesanal de cachaça. Na estrada Isaak, vale a pena conhecer o Engenho de farinha Silva, que possui uma roda d’água e a produção de farinha artesanal.
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Na própria SC-301 está o Max Moppi, propriedade que possui um alambique centenário e teve seu início com a venda de pastéis e produção de cachaça artesanal. Nos fins de semana, aproveite para provar a gastronomia típica dos imigrantes alemães, como o marreco assado ao forno de lenha, chucrute, spätzle e salsicha boch.
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Se a ideia é admirar a natureza em sua forma mais bruta, opte pelas trilhas na Serra do Quiriri, com subida ao Monte Crista (967 m) e ao Pico Garuva (1292 m), com imagens de tirar o fôlego. Buscando um passeio mais fácil, a SC-301 também leva a um mirante na Serra Dona Francisca, a 550 metros de altitude, com vista do Vale do Rio Seco, onde a estrada foi construída em meados do século 19.
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PORTAIS
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Prefeitura de Joinville www.joinville.sc.gov.br
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Roteiros de Encantos – norte de Santa Catarina www.roteirosdeencantos.com.br Portal de Joinville www.portaljoinville.com.br
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Fonte: UOL Turismo
Repleta de influência germânica, Joinville, em Santa Catarina, atrai turistas por sua história e sua área rural
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Meu Cartão de Viagem
on sexta-feira, 16 de abril de 2010
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